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XXVI Mostra Científica da Uniplac


Por um mundo digital mais inclusivo

A XXVI edição da Mostra Científica da Uniplac em 2023 apresenta o tema “Por um mundo digital mais inclusivo”. A inclusão digital refere-se à capacidade de indivíduos e comunidades acessarem, compreenderem, utilizarem e se beneficiarem das tecnologias digitais, como por exemplo, a internet e dispositivos eletrônicos. Estas tecnologias estão cada vez mais integradas ao nosso cotidiano e desempenham um papel essencial em várias áreas da vida moderna. Isto porque o acesso à informação e ao conhecimento, na atualidade, representa uma séria de condições: significa um diferencial competitivo, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, acesso a mais e melhores oportunidades de emprego e de aumento de renda, aprendizagens constantes, conhecimento de países, espaços, lugares, planetas... enfim, infindáveis ou inimagináveis condições.

Entretanto, promover a inclusão digital em uma época de mudanças tecnológicas altamente impactantes demanda uma abordagem abrangente e adaptativa e requer a consideração dos desafios e oportunidades apresentadas por esse cenário. Tais desafios e oportunidades são essenciais para entendermos como a tecnologia pode afetar as sociedades de maneira positiva ou negativa. Deve, portanto, estar na agenda de prioridades de todos os países. Todavia, em nosso país, há mais de 33 milhões de pessoas sem acesso à internet e são as classes A e B que apresentam os maiores percentuais de pessoas “plenamente conectadas” (PwC/Portal G1). É pertinente considerar, a partir, deste dado, que não é somente a ausência de equipamentos/recursos ou sinal de internet que promove a exclusão digital: na base da questão se encontram as desigualdades sociais. E isto é tão grave, que é fato que brasileiros privados da comunicação/informação online não conseguem aproveitar seus benefícios, inclusive o de inserção no mercado de trabalho. Apresenta-se assim as “profecias que se autorrealizam”: os excluídos digitais não conseguem acessar oportunidades para saírem desta condição e se mantém permanentemente excluídos da sociedade...

À reversão deste cenário é necessário, por exemplo, criarmos programas educativos para destacar a importância da inclusão digital, esclarecendo seus benefícios e desmistificando o uso da tecnologia. Isso pode envolver campanhas de sensibilização e workshops em escolas, comunidades e locais de trabalho. É premente facilitarmos o acesso a dispositivos como smartphones e computadores, por meio de programas de privilégios ou preços acessíveis, para que mais pessoas possam participar da era digital. É preciso oferecermos cursos de treinamento em habilidades digitais básicas e avançadas, para capacitar as pessoas a usar a tecnologia de maneira eficaz. É urgente colocarmos este foco em grupos como idosos, pessoas com deficiência e marginalizadas, fornecendo treinamento e suporte adaptado às suas necessidades específicas. Parcerias publico-privadas poderiam contribuir para minimizar as assimetrias associadas à inclusão digital.

Enfim... há muitos estudos propositivos de estratégias de inclusão digital que poderiam ampliar, e muito, os parcos exemplos ou sugestões anteriormente apresentadas. Nos cabe, no momento, refletir, falar e discutir a temática, pois “não falar, não resolve o problema”.

A XXVI Mostra Científica da Uniplac abre espaço para isto. Então, fica aqui o convite: vamos falar sobre inclusão digital? Vamos empreender esforços para a garantia de que todos – todos mesmo – possam ser incluídos e se beneficiar do mundo digital?

Profª. Lília A. Kanan
Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação.


(2023)